Metamorfose V
Poema de Antonio Miranda
agora o campo
à (bois) distância
e montículos, desde
os (pasto) estreitos
caminhos e o futuro
ruminar enquanto
— vegetateando, os
fungos e doninhas —
comeremos frutos
o prado, cercanias
e o bosque a meus dedos
de colheita, na horta os tantos
verdes, no jardim a flora multi
diversa aos ímpetos de
podar e o resvalo
(moderato) do vento
disse(lhe)me as
palavras todas
escolhidas e breve
do momento: a
simbiose e esta
xipofagia de
improviso, já
as ramas, a
fotossíntese e a
clorofila da
manhã: o dentífrico
e aleia eucaliptos
ou a rede aproximando os corpos
e os frutos tantos por colher
Itaguaí, RJ, 04.03.1963
Poema escrito quando eu, aos doze anos de idade, estudava
em um colégio interno na região de Seropédica...
Ilustração realizada por Inteligência Artificial - IA,
por Nildo Moreira, em 2025.
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